ESPELHO DE ÁGUA
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O branco...
O vazio...
A canção mil vezes repetida.
Que esperavas então ser ignóbil que só sabes espreitar das sombras, julgando que vai agarrar o sol como se jogasses à apanhada?
Onde estás verde?
Por onde andas sol, por onde odores faróis de outros tempos, por onde alegria, peito transbordante de viver?
Vivo só disto?
Mórbido exorcismo. Pudesse eu guardar a memória onde conseguisse jamais a desfiar...
Quero-te doce, fruto do futuro, e na árvore inóspita, acessível apenas pelo sonho que enche as mãos e pela seiva, mais recôndita, da palavra.
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Volta com o urso
Fala com o cão
Acerca-te do gato
Perscrutando o tigre
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Diz-me paixão: Foste invulnerável às tuas cinzas?
Cor de prisão, olha a cor da mudança de estações.
Diluída na água esta tristeza dura mais tempo.
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Puro... fica-se?
10 agosto 2007
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