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PÕE O TEU VESTIDO AZUL
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Põe o teu vestido azul,
(Põe-te de vapor que foste tanto tempo,
Hoje somos anos de assiduidade mútua,
De toda a mesma hora os dentes por lavar,
És o que qualquer é continuamente a par do que se passa a dois,
E eu gosto do banho da manhã depois de teres saído
A fim do regozijo a só que o teu enfada já.)
Põe o teu vestido azul.
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06 dezembro 2007
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É SEMPRE TEMPO
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Como se fosse tempo de viver
abrir as estrelas
nos olhos
cada vez mais longe, mais longe.
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Como se fosse tempo de amar
nas esquinas das ruas
os corpos
sem almas nem remorsos.
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Como se fosse tempo de algemar
de sóis o meu corpo
com seios de veludo
e ternura nas algibeiras.
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Neste tempo
como se fosse tempo de viver
é sempre tempo de morrer.
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É SEMPRE TEMPO
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Como se fosse tempo de viver
abrir as estrelas
nos olhos
cada vez mais longe, mais longe.
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Como se fosse tempo de amar
nas esquinas das ruas
os corpos
sem almas nem remorsos.
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Como se fosse tempo de algemar
de sóis o meu corpo
com seios de veludo
e ternura nas algibeiras.
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Neste tempo
como se fosse tempo de viver
é sempre tempo de morrer.
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PROCURO-TE
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Cruzeiros na noite. Procuro-te ensanguentado.
Onde te encontrarei não interessa.
Só sei que nasci filho das florestas.Raios da madrugada. Procuro-te na solidão.
Que encontrarei ninguém sabe.
Só sei que tenho a alma fria das giestas.Luzes da manhã. Procuro-te num buraco fundo.
Quem encontrarei não interessa.
Só sei que fugi à procura dos teus caminhos.Andorinhas da tarde. Procuro-te em sonhos ensombrados.
Porque te encontrei ninguém sabe.
Só sei que permaneci na solidão do esquecimento.
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PROCURO-TE
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Cruzeiros na noite. Procuro-te ensanguentado.
Onde te encontrarei não interessa.
Só sei que nasci filho das florestas.Raios da madrugada. Procuro-te na solidão.
Que encontrarei ninguém sabe.
Só sei que tenho a alma fria das giestas.Luzes da manhã. Procuro-te num buraco fundo.
Quem encontrarei não interessa.
Só sei que fugi à procura dos teus caminhos.Andorinhas da tarde. Procuro-te em sonhos ensombrados.
Porque te encontrei ninguém sabe.
Só sei que permaneci na solidão do esquecimento.
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